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Foto do escritorAlessandro Coelho

Introdução ao Código de Kṛṣṇa.

Atualizado: 16 de ago. de 2020




Introdução comum a todos os valores


Dentre os vários textos com ensinamentos do Yoga e da cultura Védica, um me chama a atenção em especial, a Bhagavadgītā.

Nessa obra, que faz parte do épico Mahabárata, Kṛṣṇa ensina para Arjuna valores que nos ajudam a ampliar o nosso olhar para a aplicação do Yoga na vida por meio de observações e atitudes no cotidiano. São vinte valores que compõem esse código de atitudes e observações e estão dispostos nas estrofes oito, nove, dez, onze e doze do capítulo XIII.

Estes ensinamentos são importantes para um bom desenvolvimento de uma vida de Yoga, e acredito ser de grande valor que você, leitor, possa estudá-los e aplicá-los na sua vida. Fica aqui o meu convite.

Acredito também que, muitos ensinamentos que recebemos dessa visão sobre a vida, devam ser aplicados a um questionamento prático diante de vários acontecimentos do nosso cotidiano. Desta forma, não só compreendemos melhor o ensinamento, mas também, conseguimos estabelecer elementos de fixação para auxiliar-nos a inclusão destes, na nossa visão sobre a vida.

Esses ensinamentos são tidos como universais e atemporais pois, reúnem em seus textos, elementos que narram, de certa forma, o processo de entendimento e aprendizado da humanidade sobre sua própria existência.

Conheceremos cada ensinamento, um por um, e complementaremos em nosso podcast.


O Código de Kṛṣṇa


1. Amanitvam, ausência de vaidade, arrogância ou elogio.


Não pautar suas ações pela necessidade de aplauso e notoriedade. Esses comportamentos podem nos levar ao egocentrismo e, consequentemente, ao egoísmo.

Todos nós possuímos habilidades, e ao longo da vida, temos a possibilidade de desenvolvê-las e contribuir para o bem comum. O bem comum deveria ser nosso objetivo primário e isso não excluiria o nosso próprio bem já que, obviamente, fazemos parte desse coletivo. Sentir-se útil e desempenhar nossas habilidades dentro do contexto da sociedade e com o próximo pode ser tão mais gratificante do que a autopromoção e as ações mediante troca (se eu fizer o que ganho em troca?). O que Kṛṣṇa nos ensina é que embora a admiração e o aplauso venham decorrente de nossas atuações, podemos nos manter equânimes e nos ocuparmos em, cada vez mais, melhorar o desempenho de nossas ações dentro daquilo que nos propomos a fazer com o foco no quão útil nossa habilidade pode ser para aqueles que necessitam dela. Cada habilidade que possuímos indica uma possibilidade de contribuição para a melhoria das condições sociais e, se desejarmos que nossa sociedade mude, melhore, devemos entender nosso papel fundamental nela.

Falo aqui pela primeira vez, nesse texto, os termos autoconhecimento e dharma, que serão mais bem tratados adiante nos próximos valores. Por hora, digo que tanto um quanto o outro são campos vastos por onde esses valores irão navegar e que muito teremos a aprender.

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